A Caixa Econômica Federal anunciou, nesta quinta-feira (25), uma nova modalidade de financiamento imobiliário corrigido pelo rendimento da poupança, mais uma taxa fixa que varia de 3,35% a 3,99% ao ano (a depender do perfil do cliente), mais a Taxa Referencial (TR), que hoje está zerada. A nova opção está disponível a partir da próxima segunda-feira (1) e a contratação da nova linha de crédito pode ser feita para compra de imóveis novos e usados, construção e reforma. Vale lembrar que sempre que a Selic é igual ou inferior a 8,5% ao ano, o rendimento da poupança é equivalente a 70% da Selic mais a variação da Taxa Referencial (TR), atualmente zerada. Ou seja, com o patamar atual da taxa básica de juros, de 2% ao ano, o rendimento da caderneta está em 1,4% ao ano. Mas se a Selic estivesse acima de 8,5% ao ano, a remuneração passaria a ser de 0,5% ao mês (6,17% ao ano) mais a variação da TR.
Portanto, hoje o cliente pagaria uma taxa que pode partir de 4,75% (3,35% mais 1,4%) ao ano na nova modalidade de crédito anunciada pela Caixa. E o produto tem uma trava de 10,16% ao ano, ou seja, o valor máximo – de 3,99% mais o rendimento de 6,17% -, que a poupança pode alcançar em um cenário de alta da Selic. Hoje o banco conta outras três opções além dessa nova: o financiamento corrigido pela Taxa Referencial (hoje zerada) mais uma taxa fixa, que parte de 6,25% a.a.; a opção com correção pelo IPCA mais uma taxa fixa que parte de 2,95% a.a.; e uma terceira alternativa que possui uma taxa fixa que parte de 8% a.a. A Caixa é o segundo grande banco a anunciar a modalidade corrigida pela poupança. Em setembro do ano passado, o Itaú apresentou uma opção nesse formato para pessoas físicas (após lançar em abril a opção indexada à poupança para incorporadoras). Pedro Guimarães, presidente da Caixa, disse que a nova linha chega após um recorde de financiamentos imobiliários em 2020 entre clientes de média renda. “Foi um ano histórico. Foram R$ 53,7 bilhões em volume financeiro financiado na Caixa para o segmento de renda média utilizando os recursos da poupança. Isso representa um crescimento de 101,7% em relação a 2019. Nós temos 43,3% de market share desse segmento no mercado”, disse o executivo em coletiva online realizada na tarde desta quarta-feira (25). Além disso, segundos dados compilados até o 3° trimestre de 2020, o banco acumula um saldo de R$ 387,6 bilhões na poupança, valor superior aos principais concorrentes. Como vai funcionar? Os interessados poderão financiar até 80% do valor do imóvel (com entrada mínima, portanto, de 20%), em um prazo de até 35 anos. O crédito usa o Sistema de Amortização Constante (SAC), cujas parcelas vão diminuindo com o passar do tempo, e também há opção de usar o modelo Price, cujas parcelas são fixas. Não só correntistas da Caixa, como também clientes de financiamento imobiliário de outros bancos terão acesso à modalidade. O banco federal vai aceitar a portabilidade de crédito para a nova modalidade de crédito (saiba mais sobre a portabilidade aqui). “Se o cliente tiver o crédito imobiliário em outro banco, receberemos o financiamento”, ressaltou Guimarães.
A Caixa compartilhou o esquema de taxas que vai cobrar. Veja a seguir como ficam as taxas finais, considerando a Selic atual, em 2% ao ano.
Setor de atuação Poupança com Selic a 2% Taxa complementar Taxa final Com relacionamento Público 1,40% 3,35% a 3,75% (varia de acordo com o perfil) 4,75% a 5,15% Com relacionamento Privado 1,40% 3,35% a 3,95% (varia de acordo com o perfil) 4,75% a 5,35% Sem relacionamento Todos 1,40% 3,99% 5,39% (Reprodução/Caixa) Vale a pena? A nova modalidade da Caixa cobra juros abaixo do que se observa nos concorrentes de mercado hoje (entre 4,75% a.a. até 5,39% a.a.), já que a Selic está no menor patamar da história. O Itaú, único banco que oferece a modalidade, cobra a correção pela poupança mais uma taxa que parte de 5,39% a.a. Porém, cada família precisa avaliar se é a melhor opção disponível conforme seu orçamento e momento de vida. Isso porque, apesar de ter uma taxa fixa, assim como acontece no financiamento atrelado ao IPCA, a opção indexada à poupança também conta com uma taxa flutuante. Assim, à medida em que os juros aumentarem, a remuneração da poupança vai acompanhar o movimento e, consequentemente, o valor do financiamento imobiliário pode subir. Mas é importante ressaltar que existe um limite para os juros do financiamento corrigido pela poupança, que varia entre 9,5% e 10,17%, taxa final cobrada quando a Selic passa dos 8,5% ao ano e a poupança passa a ser remunerada pela regra antiga (6,17% ao ano mais a TR).
Imóvel na planta ou pronto para morar? Nem sempre é fácil decidir, afinal, são muitos os fatores que precisam ser levados em consideração na hora de adquirir o apartamento próprio. Para você tomar a melhor decisão antes de fechar um negócio, separamos uma lista com as 7 vantagens de comprar um imóvel na planta. Confira! Vantagens de comprar um imóvel na planta: Preço mais acessível Uma das maiores vantagens de comprar um imóvel ainda em construção é que seus custos são menores do que os daqueles que já estão prontos. Isso torna o preço do apartamento mais acessível, sendo ideal para famílias que querem economizar, sem perder a qualidade do imóvel. Valorização imobiliária Se, na hora da compra, o preço é menor, depois de pronto, o apartamento retoma sua valorização no mercado imobiliário. Isso acontece porque as imprevisibilidades que podem acontecer durante a construção são sanadas assim que a obra é finalizada. Consequentemente, o apartamento se valoriza. Infraestrutura moderna Um imóvel na planta tem instalações mais modernas e em melhores condições. Não apenas a infraestrutura interna do apartamento, mas todo o prédio contará com redes elétrica e hidráulica novas, materiais de última linha e um bom acabamento. Isso evita preocupações com infiltrações, rachaduras, elevadores com defeito, portões velhos e demais problemas de manutenção. Além disso, os espaços são melhor aproveitados e pensados estrategicamente no estilo de vida contemporâneo, o que garante maior conforto e praticidade no dia a dia dos moradores. Personalização prévia Outra vantagem de comprar um imóvel na planta é que você pode deixá-lo de acordo com o seu gosto. Ainda em construção, é possível escolher alguns materiais como acabamentos, azulejos e, dependendo da construtora, até solicitar algumas mudanças no projeto para atender a suas necessidades. Isso evita as reformas em apartamentos já prontos, o que acarretaria custos muito mais elevados.
Facilidades no pagamento Outra vantagem de comprar um apartamento na planta são as facilidades no pagamento oferecidas pelas construtoras, sendo possível uma negociação flexível. Quem, por exemplo, opta por fazer um financiamento, pode negociar o valor da entrada, dividindo o restante em parcelas até a finalização da obra, ou, ainda, pagar uma porcentagem maior na entrada para reduzir os juros e a quantidade das parcelas restantes. Documentação em dia Comprar na planta oferece, ainda, maior desburocratização na hora de fechar o negócio. Como, anteriormente, o empreendimento não contava com moradores, você não corre o risco de ter problemas com taxas e impostos não pagos, registros incompletos, documentação atrasada e outros inconvenientes. Planejamento para a mudança Outro ponto positivo de imóveis na planta é que o proprietário tem maior prazo para planejar sua mudança. Como as chaves são entregues só depois da obra pronta, há tempo suficiente para: ● Planejar os móveis e a decoração; ● Cotar a melhor transportadora; ● Conhecer a vizinhança do local; ● Estudar os novos trajetos que você e sua família farão; ● Programar toda a mudança com calma e organização. Com todas essas vantagens, você ainda aumenta seu patrimônio, tendo a garantia de um investimento com retorno certo. Portanto, se está em busca de um apartamento, não deixe de considerar as vantagens de comprar um imóvel na planta. Lembre-se apenas de pesquisar sobre o histórico da construtora e garanta o máximo de credibilidade e segurança para o seu investimento!